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domingo, 28 de agosto de 2011

CRUZADA



Morte viva, vida morta
Vida sem futuro, sem vida
Viva seu futuro em paz
Morra a morte que a guerra traz.
Viva a vida sobrevivida
Abaixo o futuro sem paz.
Vida sofrida, vida ferida
Morte àquele que guerra faz.
Vida sofrida, vida comprida
Viva na morte se for capaz.
Sofrimento vivo, paixão sumida
Ter esperança é ser audaz
Viva aqueles que tem uma saída
Mude o passado que não volta mais.
Da esperança já destruída
É a desgraça que a guerra traz
Ao nosso sossego sempre fugaz.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Alguem se habilita a jogar música neste texto?!! =)

VÍCIO DE TODOS


Cientistas, meninos
Operários, doutores
Mendigos, ingleses
Bichas e pastores

Estão todos querendo
Um espaço no ar
Estão todos querendo
Um espaço no ar
Estão todos querendo
Um fim de festa
Pra sair a dois.

Um pet, a vizinha
Secretária, patrão
A sarada, a gordinha
O delegado, o ladrão.

Estão todos querendo
Um afago ganhar
Estão todos querendo
Encontrar o seu par
Estão todos querendo
Uma rede armada
Na varanda de casa.

Mas nem tudo que aqui
se procura se acha
Muitas vezes, nem ali
Nada disso se encaixa
Procuramos apenas...
Um momento sóbrio.
ANAUÊ

Há alguns momentos atrás
Todos estavam iludidos
Sonhando com amor e paz
Não somos filhos queridos
Mas, saímos de lá feridos
Fugindo de tudo, meu rapaz!

Que porra mais sem graça
Matar aqueles indigentes
Atear fogo em plena praça,
Foram povos inocentes
Aniquilados por uma raça
E torturadas suas mentes.

Quantas nações em guerra
Anelando a nova revolução
Mas o inocente só se ferra.
Com a cabeça e o coração
Desejamos paz para a terra
E viver o amor cada nação

Mas aqui é meu país, um país tropical
Com muito futebol, corrupção e carnaval.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Se eu cantasse forró...

VOCÊ NA MINHA VIDA


É com você que
Eu acordo ao amanhecer
Já tentei de tudo
E não consigo te esquecer
Você está sempre em minha vida
Por isso que te chamo de querida


Foi pra você que
Fiz a letra desta canção
Me saiu do pensamento
E foi parar no coração
Longe de você, tudo é saudade
Pois, eu te amo de verdade


Você é pra mim
Um domingo, é um sonho bom.
Conheço o teu cheiro
E o sabor do teu batom
Já está gravado na memória
Você faz parte da minha história.


Às vezes

Às vezes
Sozinhos
Nos flagramos a nós mesmos,
Perplexos
Com a velocidade que as coisas
Passam por nós.


Às vezes
Insatisfeitos
Com esse tempo fatiado
Pelo indivíduo genial
Que Drummond contempla
Notamos a calvície.


Às vezes
Agoniados
Em nossa pressa diária
Já não temos o tempo
De olhar para o relógio
Destarte, o tempo toma nosso vôo


Às vezes
Saudosos
Na ponte que não cobre águas
Notamo-nos infelizes
Pois a menor fatia tocou a nós
Do tempo que partiu

sábado, 6 de agosto de 2011

HOMEM CONTEMPORÂNEO


Há algo em nossos dias
Que nos deixa rígidos
Que nos torna brutos
Insensíveis, amargos,
Incapazes de amar

No apagar das luzes
Não vemos o norte,
Perdemos os sentidos.
Dos sentimentos, esquecidos
Olvidamos de compartilhar

De olhos vendados
Jamais percebemos
Que a rosa dos ventos
É a incansável guia dos GPS
E perdidos permanecemos

Entre o cigarro aceso
E a abissal agonia
O homem contemporâneo
Morre, decai (na afasia)
E ninguem nota
- sua falta no final do dia.

domingo, 10 de julho de 2011

DÉJÀ VU

Será que a história se repete?
Não sei, mas, fatos, certamente.
Infelizmente
A padaria espiritual
Não volta mais.
Porem, dos tempos remotos
Do Império Romano
Retoma as forças
A política do Pão e Circo.
Pobre plebe...
O trigo já rareia à sua mesa,
Mas, bolsas lhes são ofertadas.
E viva o maior espetáculo da terra!
Onde no picadeiro
O povo é atração principal.
Onde a farsa
Está mais natural do que nunca.
Nossos colossos Coliseus
Permanecerão.
Nossas arenas
Não testemunharão barbárie maior
Que as vistas por nossos olhos.
Mas não queremos ver...
Veremos o show à beira mar.
E não queremos lembrar,
De nosocômios fétidos
Que nos enojam.
Assim, não lembraremos
Do Reino de Sião.
Oh, nobre Rei!
Quão nobre é teu regalo
Um elefante branco.
Sagrado!
Mas de que nos serve, afinal?
Belo!
Mas que suga nosso suado soldo.
E assim, povo meu,
Revivemos a história.


sexta-feira, 11 de março de 2011

O troco da Dilma

CANSADO

Estou cansado de ver os mesmos lugares

De freqüentar os mesmos bares.
Da mesma angústia, da mesma esperança
Nas lutas de quem nunca alcança
Cansado de tentar subir
Cansado de ter medo de cair
Estou cansado de tanto voar
Cansado de nunca chegar ao céu,
Mas cansado deste mundo cruel.
Demasiadamente cansado de me esconder,
De ter que morrer a cada dia pra sobreviver.
Estou cansado dessa vida moribunda,
De ver falta de talento em tamanho de bunda.
Cansado de comer as mesmas comidas e pessoas.
Cansado dos chuviscos e garoas
Das mesmas drogas, das mesmas sensações,
As mesmas patologias, das mesmas convulsões,
Estou cansado de tanta asneira,
De acordar na segunda-feira.
Cansado estou muito de viver,
Porem, mais cansado de ter medo de morrer.
Estou cansado de cair e ter que levantar,
Mas, pior, estou cansando de me cansar.
Estou cansado de apanhar
Está na hora de revidar...

Quem sou eu

Minha foto
Funcionário público, historiador, chargista, pintor e poeta. Na verdade, aprendiz de um mundo absolutamente versátil.